O Santos FC estará representado na Copa América 2024 com um jogador que, apesar de defender a Venezuela, terá o apoio da torcida alvinegra. Capitão da seleção desde os tempos de base e recordista de participações na “Vinotinto”, com nada menos que 132 partidas, Tomás Rincón demonstra confiança em repetir a boa atuação da edição de 2011, quando os venezuelanos chegaram até a semifinal.
“Aquela Copa foi especial para mim. Foi a minha primeira participação e fizemos a melhor Copa América da história do país e fui escolhido nos 11 melhores da competição. Uma Copa que nunca vou esquecer”, afirma Rincón, que também sonha com outro grande feito, a inédita classificação para o principal torneio de futebol do mundo. “Estamos entusiasmados, a ideia é continuar com o nosso trabalho feito no início das eliminatórias”, fala.
Mas apesar do entusiasmo, ele demonstra toda a sua experiência, mantendo-se concentrado no grande feito. “Não fizemos nada ainda, temos que manter o foco. O caminho é longo. Será um momento histórico”, admite. “Temos uma geração linda, uma mistura de juventude e experiência, um bom equilíbrio, um corpo técnico capacitado e uma federação que está fazendo um ótimo trabalho”, elogia.
Conhecido como “El General”, apelido que ganhou ainda quando jogava no Hamburgo, na Alemanha, Rincón conta, com humildade, que sempre teve o espírito de liderança na seleção. “Tive a sorte de sempre ser considerado um líder ou uma pessoa influente no meu País. Fui capitão de todas as seleções, sub15, 17, 20 e 21, e depois tentei levar a minha experiência na Europa a serviço da seleção”, diz o líder da “Vinotinto”, que em março ganhou homenagem da seleção pela marca de 132 jogos.
“El General começou na Alemanha, quando fui jogar no Hamburgo. Eu não falava muito alemão nem inglês e teve um clássico, onde joguei bem e gesticulava muito com as mãos para me comunicar e um jornal colocou no dia seguinte “O Hamburgo do General Rincón” e todos começaram a me chamar assim”, recorda o jogador.
Ele destaca a rápida aceitação que teve no Santos e a felicidade de jogar no Alvinegro. “Estou muito feliz com a forma como me receberam no Brasil. Tenho muita gratidão por isso. Espero devolver com trabalho esse carinho. Estou orgulhoso de jogar no Santos, um time com tanta história, com tantos craques que vestiram essa camisa, começando pelo maior de todos os tempos, o Rei Pelé. O objetivo agora é subir para a Serie A e colocar o time onde merece estar”, conclui Rincón.
A Venezuela estreia na Copa América diante do Equador, no dia 22. A seleção está no Grupo B, também com Jamaica e México.
