Série “Nossos Meninos”: Movido pelos sonhos, Robson Alves ganha apelido e mira vaga no time profissional

Pedro Ernesto Guerra Azevedo/SantosFC
Foco e tranquilidade são dois substantivos que acompanham o zagueiro Robson Alves, o Bambu, em seu início de carreira. Com 18 anos de idade, o garoto natural de São Vicente usa essas duas armas para correr atrás do sonho de ser jogador profissional em seu time de coração. Na base do Santos FC desde o Sub-11, o defensor revela que tem a vontade de evoluir dentro e fora campo para chegar ao elenco principal do Santos FC e também ajudar pessoas por onde passar.
Apaixonado pelo futebol desde pequeno, Robson sempre assistiu jogos de seu pai, Josué, pelos campos de várzea da baixada santista. A fim de imitar seu ídolo, o garoto vicentino começou a correr atrás da bola pelas ruas de sua cidade natal. Encantado com isso, seu pai já apostava em um futuro no mundo do futebol.
“Sempre assisti bons jogos de futebol na várzea e na TV. Meu pai ama jogar. Com isso, cresci com esse esporte na cabeça. Me servindo de exemplo, meu pai já falava para os amigos dele que eu seria jogador. Eu dava risada. Mas o tempo foi passando e as coisas estão se encaminhando para isso. Agradeço a Deus e ao Santos FC pela oportunidade de correr atrás desse sonho”, disse o tranquilo Robson, que também contou com apoio de sua mãe, Silvia, e seus irmãos, Emerson, Paloma e Milena.
Correndo atrás do sonho, o garoto começou a jogar futebol na escolinha da Ferroviária, em São Vicente. Cada vez mais instigado pelo futebol, o menino conseguiu um teste nas categorias de base do Santos FC e, a partir daí, sua vida tomou outro rumo.
“Donizete, um amigo da nossa família, conseguiu marcar um teste aqui no clube. Isso foi em 2008. Me esforcei muito e consegui uma vaga na categoria Sub-11. Quando fui aprovado, me toquei que as coisas seriam um pouco diferentes. Deixei uma escolinha para entrar em um clube grande. Foi aí que percebi que meu sonho era ser jogador de futebol”, comentou.

Com 1,85 m de altura, Bambu antecipa adversário na Vila Belmiro (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/SantosFC)
Com 1,85 m de altura, Bambu antecipa adversário na Vila Belmiro (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/SantosFC)

Inserido nas categorias de base do Peixe, Robson Alves acabou ganhando um apelido que promete ficar marcado para sempre. Pela estatura destacada perante seus jovens companheiros, hoje com 1, 85 m, e o perfil magro, atualmente com 65 kg, o garoto recebeu o apelido de Bambu. Bem humorado, o zagueiro disse que já está acostumado com seu nome no futebol.
“No começo foi tudo um pouco estranho. Ouvi me chamarem de Bambu e fiquei sem graça. Mas depois fui aceitando. Entendi que era por causa da minha altura. Não tinha como ter outro apelido. Hoje já estou acostumado. É difícil alguém me chamar de Robson”, disse sorrindo
Além do apelido, o porte físico de Bambu acabou traçando sua posição atual. Quando entrou no Peixe, com 10 anos, Robson Alves foi aprovado no teste como atacante. Meses depois, o garoto se tornou lateral, posição que atuou por aproximadamente quatro anos. Porém, após uma avaliação do departamento de fisiologia, o menino recebeu a orientação para jogar de zagueiro.
“Cheguei para treinar um dia e meu técnico da época, Christian Tudisco, disse que eu atuaria como zagueiro. Fiquei confuso e sem entender no começo. Foi estranho. Mas como estava e estou aqui para ajudar, fui adquirindo conhecimento e descobri que a minha real posição é essa. Foi tudo no momento certo. Entendi isso graças ao nosso fisiologista Gustavo Jorge, que disse ao professor eu renderia mais como zagueiro por causa da minha estrutura física. Hoje, estou feliz jogando dessa forma”, explicou.
Nas horas vagas, Robson costuma ser um garoto caseiro e acaba não tirando os olhos da televisão. Segundo ele, assistir à prática de esportes se tornou um hobby semanal.
“Sou um garoto tranquilo. Claro que tem os momentos de resenha (termo que atletas usam para denominar um bate-papo), brincadeiras e conversas familiares. Mas quando estou em casa, costumo ficar de pernas pra cima vendo televisão. Não só futebol, mas também outros esportes e seriados. Um filme também ajuda a relaxar”, comentou.
Bambu treina firme com equipe Sub-20 no CT Rei Pelé (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/SantosFC)
Bambu treina firme com equipe Sub-20 no CT Rei Pelé (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/SantosFC)

Dedicado, Bambu tem treinado cada vez mais para chegar ao seu maior objetivo: o time principal do Alvinegro Praiano. Uma prova disso, são as duas convocações que o atleta recebeu para servir à Seleção Brasileira Sub-20 neste ano.
“Fui convocado pela primeira vez este ano. Fiquei muito contente quando me chamaram. Nesse tempo todo aqui no clube, e agora com a Seleção, tenho adquirido mais conhecimentos e feito uma melhor leitura de jogo. Amadureci bastante. Acredito que isso tem me ajudado a correr atrás do meu sonho, que é chegar no time de cima do Santos FC. Peço a Deus todos as noites para estar no elenco principal. Quero fazer história aqui. Por isso eu me dedico tanto. Busco encontrar meu erros e corrigi-los. Eu me cobro bastante. Quero evoluir e ser melhor do que fui ontem”, revelou.
Além de marcar seu nome na história do clube de infância, Bambu também quer marcar a vida de pessoas fora do gramado. Por conhecer bem de perto alguns dramas da vida real, o menino Robson Alves quer ser um grande homem para a sociedade atual.
“Dias atrás, contei para o meu irmão Emerson que quando eu me aposentar, quero abrir uma ONG (Organização Não Governamental) para ajudar pessoas carentes. Nós já precisamos de ajuda e sabemos que estender a mão ao próximo nunca é demais. Existem crianças que querem ser judocas, nadadoras ou tenistas. Então, quero ajudar eles a realizarem seus sonhos e se tornarem melhores cidadãos”, disse o Menino da Vila, que cresceu nas categorias de base do Peixe sendo orientado por um corpo de assistência social e psicologia para se tornar um grande jogador e um excelente homem fora de campo.
Bambu
Nome: Robson Alves de Barros
Nasc: 12/11/1997 – São Vicente
Altura: 1,85 m – Peso: 65 kg
Posição: ZagueiroPedro Ernesto Guerra Azevedo/SantosFC
Foco e tranquilidade são dois substantivos que acompanham o zagueiro Robson Alves, o Bambu, em seu início de carreira. Com 18 anos de idade, o garoto natural de São Vicente usa essas duas armas para correr atrás do sonho de ser jogador profissional em seu time de coração. Na base do Santos FC desde o Sub-11, o defensor revela que tem a vontade de evoluir dentro e fora campo para chegar ao elenco principal do Santos FC e também ajudar pessoas por onde passar.
Apaixonado pelo futebol desde pequeno, Robson sempre assistiu jogos de seu pai, Josué, pelos campos de várzea da baixada santista. A fim de imitar seu ídolo, o garoto vicentino começou a correr atrás da bola pelas ruas de sua cidade natal. Encantado com isso, seu pai já apostava em um futuro no mundo do futebol.
“Sempre assisti bons jogos de futebol na várzea e na TV. Meu pai ama jogar. Com isso, cresci com esse esporte na cabeça. Me servindo de exemplo, meu pai já falava para os amigos dele que eu seria jogador. Eu dava risada. Mas o tempo foi passando e as coisas estão se encaminhando para isso. Agradeço a Deus e ao Santos FC pela oportunidade de correr atrás desse sonho”, disse o tranquilo Robson, que também contou com apoio de sua mãe, Silvia, e seus irmãos, Emerson, Paloma e Milena.
Correndo atrás do sonho, o garoto começou a jogar futebol na escolinha da Ferroviária, em São Vicente. Cada vez mais instigado pelo futebol, o menino conseguiu um teste nas categorias de base do Santos FC e, a partir daí, sua vida tomou outro rumo.
“Donizete, um amigo da nossa família, conseguiu marcar um teste aqui no clube. Isso foi em 2008. Me esforcei muito e consegui uma vaga na categoria Sub-11. Quando fui aprovado, me toquei que as coisas seriam um pouco diferentes. Deixei uma escolinha para entrar em um clube grande. Foi aí que percebi que meu sonho era ser jogador de futebol”, comentou.
Com 1,85 m de altura, Bambu antecipa adversário na Vila Belmiro (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/SantosFC)
Com 1,85 m de altura, Bambu antecipa adversário na Vila Belmiro (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/SantosFC)

Inserido nas categorias de base do Peixe, Robson Alves acabou ganhando um apelido que promete ficar marcado para sempre. Pela estatura destacada perante seus jovens companheiros, hoje com 1, 85 m, e o perfil magro, atualmente com 65 kg, o garoto recebeu o apelido de Bambu. Bem humorado, o zagueiro disse que já está acostumado com seu nome no futebol.
“No começo foi tudo um pouco estranho. Ouvi me chamarem de Bambu e fiquei sem graça. Mas depois fui aceitando. Entendi que era por causa da minha altura. Não tinha como ter outro apelido. Hoje já estou acostumado. É difícil alguém me chamar de Robson”, disse sorrindo
Além do apelido, o porte físico de Bambu acabou traçando sua posição atual. Quando entrou no Peixe, com 11 anos, Robson Alves foi aprovado no teste como atacante. Meses depois, o garoto se tornou lateral, posição que atuou por aproximadamente quatro anos. Porém, após uma avaliação do departamento de fisiologia, o menino recebeu a orientação para jogar de zagueiro.
“Cheguei para treinar um dia e meu técnico da época, Christian Tudisco, disse que eu atuaria como zagueiro. Fiquei confuso e sem entender no começo. Foi estranho. Mas como estava e estou aqui para ajudar, fui adquirindo conhecimento e descobri que a minha real posição é essa. Foi tudo no momento certo. Entendi isso graças ao nosso fisiologista Gustavo Jorge, que disse ao professor eu renderia mais como zagueiro por causa da minha estrutura física. Hoje, estou feliz jogando dessa forma”, explicou.
Nas horas vagas, Robson costuma ser um garoto caseiro e acaba não tirando os olhos da televisão. Segundo ele, assistir à prática de esportes se tornou um hobby semanal.
“Sou um garoto tranquilo. Claro que tem os momentos de resenha (termo que atletas usam para denominar um bate-papo), brincadeiras e conversas familiares. Mas quando estou em casa, costumo ficar de pernas pra cima vendo televisão. Não só futebol, mas também outros esportes e seriados. Um filme também ajuda a relaxar”, comentou.
Bambu treina firme com equipe Sub-20 no CT Rei Pelé (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/SantosFC)
Bambu treina firme com equipe Sub-20 no CT Rei Pelé (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/SantosFC)

Dedicado, Bambu tem treinado cada vez mais para chegar ao seu maior objetivo: o time principal do Alvinegro Praiano. Uma prova disso, são as duas convocações que o atleta recebeu para servir à Seleção Brasileira Sub-20 neste ano.
“Fui convocado pela primeira vez este ano. Fiquei muito contente quando me chamaram. Nesse tempo todo aqui no clube, e agora com a Seleção, tenho adquirido mais conhecimentos e feito uma melhor leitura de jogo. Amadureci bastante. Acredito que isso tem me ajudado a correr atrás do meu sonho, que é chegar no time de cima do Santos FC. Peço a Deus todos as noites para estar no elenco principal. Quero fazer história aqui. Por isso eu me dedico tanto. Busco encontrar meu erros e corrigi-los. Eu me cobro bastante. Quero evoluir e ser melhor do que fui ontem”, revelou.
Além de marcar seu nome na história do clube de infância, Bambu também quer marcar a vida de pessoas fora do gramado. Por conhecer bem de perto alguns dramas da vida real, o menino Robson Alves quer ser um grande homem para a sociedade atual.
“Dias atrás, contei para o meu irmão Emerson que quando eu me aposentar, quero abrir uma ONG (Organização Não Governamental) para ajudar pessoas carentes. Nós já precisamos de ajuda e sabemos que estender a mão ao próximo nunca é demais. Existem crianças que querem ser judocas, nadadoras ou tenistas. Então, quero ajudar eles a realizarem seus sonhos e se tornarem melhores cidadãos”, disse o Menino da Vila, que cresceu nas categorias de base do Peixe sendo orientado por um corpo de assistência social e psicologia para se tornar um grande jogador e um excelente homem fora de campo.
Bambu
Nome: Robson Alves de Barros
Nasc: 12/11/1997 – São Vicente
Altura: 1,85 m – Peso: 65 kg
Posição: Zagueiro

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